19 de janeiro de 2011

Confira como anda o Smart mais em conta Compacto de R$ 49,9 mil tem sistema que desliga motor para economizar combustível

Ricardo Sant'Anna

Visual do Smart Fortwo mhd é o mesmo das demais versões, com exceção das rodas aro 15
É inegável que o pequenino Smart Fortwo chamou bastante a atenção quando foi lançado na Europa, há 13 anos. Mas quando chegou ao Brasil, em abril de 2009, já havia perdido o apelo da novidade. Hoje é figura carimbada nas grandes metrópoles do país, conforme provam os dados da Fenabrave. Apenas no ano passado, 1.464 unidades foram emplacadas, uma média de 122 carros por mês. Um bom número para um carro de nicho e de alto valor. Para aumentar ainda mais as vendas do simpático carrinho, a marca apresenta agora a versão mhd (de micro hybrid drive, ou direção híbrida), que além de perder alguns itens para se tornar mais em conta (a partir de R$ 49.900) ganhou o sistema Start/Stop. 

Trata-se do primeiro carro vendido no Brasil a adotar o dispositivo que desliga o motor do carro para diminuir o consumo de combustível. O próximo a ser oferecido por aqui com o dispositivo é o Audi A1. Em testes realizados na Europa, a marca garante que o sistema gera uma economia de até 20%, rodando cerca de 20 km com um litro de gasolina no motor 1.0 de 71 cv. O propulsor é automaticamente desligado quando a velocidade é inferior a 8 km/h, ou seja, em qualquer parada. Ele permanece desligado enquanto o pé do condutor está no freio e basta tirá-lo de lá para que ele ligue rapidamente, em tempo para que se chegue até o acelerador para uma saída rápida, caso necessário. 

Ricardo Sant'Anna
Carro se destaca em meio a cidade pelo visual compacto e cobra caro por toda esta atenção
Não é difícil ouvir do passageiro: “Deixou o carro morrer?” Se ajuda nos semáforos, o sistema irrita no trânsito congestionado. O prejuízo fica por conta de o ar-condicionado parar de funcionar toda vez que o motor apaga. A opção é desligar todo o sistema por meio da tecla Eco, localizada ao lado do câmbio. Quando acionado, a palavra aparece de forma luminosa ao lado do velocímetro. O motor 1.0 perdeu o turbo e rende 13 cv a menos que a versão sobrealimentada. Na prática, a perda não faz falta na cidade e o leve carrinho de 790 kg se sai bem, principalmente pela agilidade que seu tamanho proporciona. 

Ricardo Sant'Anna
Interior do Smart acomoda muito bem duas pessoas e tem ergonomia boa. Partida está ao lado da alavanca de câmbio
Para chegar ao preço mais em conta, porém, o carro abandonou alguns equipamentos que fazem falta para o trânsito caótico da cidade grande. A principal perda é a direção elétrica, que ficou de fora e tornou o carro ainda mais difícil de ser conduzido. O painel continua com o mesmo desenho, mas de acabamento mais simples. O banco continua confortável, assim como o surpreendente espaço interno. O porta-malas praticamente não existe.

Ricardo Sant'Anna
Botão ECO, localizado no console, liga e desliga o sistema Start/Stop. Visor no painel avisa sobre funcionamento
Guiando o Smart, é possível notar que a suspensão sente demais as ruas esburacadas. O painel também está mais simples, mas continua sendo ergonômico e agradável, assim como os confortáveis bancos e o surpreendente espaço interno. Com preço salgado e poucas novidades, o Fortwo continua sendo a melhor opção de quem gosta de pagar (muito) para ser diferente.

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Ricardo Sant'Anna