
Porsche Cayenne S Hybrid
Responsável por boa parte das vendas da Porsche no Brasil, o Cayenne acaba de ser renovado e já está sendo vendido por aqui nas versões S, Turbo e V6. A versão S Hybrid, que combina um motor V6 Supercharger com outro elétrico, no entanto, não tem previsão de ser vendida no país. Mesmo assim, pude conferir de perto e dar uma volta no carro, trazido especialmente para o Salão do Automóvel, em outubro último. Trata-se do primeiro modelo da marca alemã fabricado em série com sistema híbrido.
Ao ligar o Cayenne com a chave do lado esquerdo da direção - tradição dos Porsches herdada dos carros de competição - esperava ouvir o barulho do motor de um esportivo. O Cayenne, no entanto, é silencioso. Quando apenas o motor elétrico está acionado o carro parece estar desligado. A falta de barulho não significa falta de potência, o carro responde bem e é bastante estável.
Ao ligar o Cayenne com a chave do lado esquerdo da direção - tradição dos Porsches herdada dos carros de competição - esperava ouvir o barulho do motor de um esportivo. O Cayenne, no entanto, é silencioso. Quando apenas o motor elétrico está acionado o carro parece estar desligado. A falta de barulho não significa falta de potência, o carro responde bem e é bastante estável.

Por fora, o S Hybrid é igual às outras versões, com linhas esportivas e a frente lembrando o modelo Panamera, além da traseira um pouco mais arredondada e com a emenda dos faróis com o para-choque feitas por cima. A diferença fica por conta de um detalhe: a palavra ‘hybrid’ gravada no para-lama dianteiro.
No interior as diferenças começam no painel. Um dos mostradores fica encarregado do nível de carga da bateria e mostra se o motor elétrico esta sendo usado. Além disso, um diagrama mostra o que está acontecendo com os motores. Com setas coloridas, ele indica quando o V6 gera energia e a transfere para o elétrico, que carrega a bateria de níquel- metal de 288 Volts. Indica também quando a energia usada nas frenagens é aproveitada, passando pelo motor elétrico e carregando a bateria. Ou ainda quando o motor elétrico, sozinho, está movimentando o carro.
No interior as diferenças começam no painel. Um dos mostradores fica encarregado do nível de carga da bateria e mostra se o motor elétrico esta sendo usado. Além disso, um diagrama mostra o que está acontecendo com os motores. Com setas coloridas, ele indica quando o V6 gera energia e a transfere para o elétrico, que carrega a bateria de níquel- metal de 288 Volts. Indica também quando a energia usada nas frenagens é aproveitada, passando pelo motor elétrico e carregando a bateria. Ou ainda quando o motor elétrico, sozinho, está movimentando o carro.

Portanto, o V6 sobrealimentado de 333 cavalos não funciona sempre sozinho. Entre ele e o painel fica o motor elétrico, com 47cv. Somados, os dois propulsores geram 380 cv, o que garante uma potência similar ao motor V8 do Cayenne S.Em baixas velocidades constantes, o carro opta por utilizar só o motor elétrico e desliga o outro. A autonomia é baixa, coisa de minutos, mas o S Hybrid fica bastante silencioso.
O uso da gasolina é dispensado também em situações de velocidades mais altas constantes, de até 156 km/h. Se não houver aceleração, o elétrico aproveita a inércia. Uma pressão um pouco maior no acelerador é suficiente para chamar reforços do V6 Supercharger, que liga imediatamente, sem barulho algum. Um motorista distraído não percebe a alternância dos motores durante o trajeto.
Testamos o carro no trânsito de São Paulo, imaginei que o sistema Start-Stop seria utilizado o tempo todo, mas isso não aconteceu. Perguntei se o tempo que tinhamos ficado parados era suficiente para desligar o carro e me responderam que sim. O motor é tão discreto e religa tão rápido que eu nem percebi as diversas vezes que ele utilizou o acessório

Estepe ocupa boa área do porta-malas
O sistema Start-Stop torna o carro um pouco mais econômico. De acordo com dados da montadora, se comparado com a versão equipada apenas com motor V6 aspirado, de 300 cv, o Cayenne Hybrid gasta 20% menos de combustível levando em conta circuito misto (cidade/estrada). Conforme a fabricante, o consumo oscila entre 11,6 km/l e 12, 4 km/l. Considerando sua potência e o seu peso (cerca de 2.240 kg), segundo a Porsche, oCayenne Hybrid teve um ganho considerável em relação à economia de combustível e diminuição de emissão de poluentes (193 g/km na versão híbrida e 236 g/km na V6).
Isso, no entanto, não é de graça. Além da perda de espaço do porta-malas, que tem quase um terço ocupado pelo estepe por conta da bateria, a tecnologia acaba aumentando o preço do carro. Esta versão ainda não tem previsão de desembarcar no Brasil, mas estima-se que o seu preço ficaria 20% mais caro do que o do Cayenne S, que tem um motor V8 (R$ 379 mil), ou algo em torno de R$ 455 mil.
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