Quinta geração do Viper estreia em Nova York após o supercarro ficar fora de produção por quase dois anos
Símbolo dos muscle cars norte-americanos, ícone da
Dodge por duas décadas e pioneiro – como carro de rua – no uso dos verdadeiros big blocks, os motores V10. O
Viper (víbora, em inglês) ressurgiu nesta quarta-feira (4), na abertura do
Salão de Nova York, nos Estados Unidos. Fora de produção desde meados de 2010, o supercarro retorna não mais como
Dodge, mas com um novo escudo da recém-promovida
SRT (Street and Racing Technology). Assim como a
RAM, a sigla
SRT virou bandeira no grupo
Chrysler.
Este novo
Viper (o 5º na linhagem do superesportivo) chega em um momento bom para o conglomerado norte-americano. Hoje sob comando da italiana
Fiat, o grupo
Chrysler está em plena retomada. E o
Viper
é o retrato dessa fase promissora: na época em que saiu de linha, muito
se especulou (na imprensa especializada) que o “Víbora” não retornaria.
Com o downsizing de motores cada vez mais forte na indústria, a
impressão era de que não havia mais espaço para um carro do seu naipe,
com um enorme motor sob o capô.
Traseira também usa leds nas lanternas; visual é próximo da versão anterior, mas escudo da SRT é novinho
Para a
Chrysler, porém, o
Viper
tinha de renascer. É um ícone. E assim aconteceu. O modelo das fotos é
totalmente novo em relação ao antecessor. Absolutamente tudo foi
modificado. A carroceria, por exemplo, é composta de aços de baixa e
alta resistências, alumínio (portas) e fibra de carbono (capô, teto e
algumas partes) – a montadora diz que a rigidez torcional aumentou 50%.
“Nosso time foi desafiado pela nova direção da empresa a criar um
supercarro que se tornasse referência”, disse o chefão da
SRT, Ralph Gilles.
Obviamente, o
Viper
perdeu peso (cerca de 45kg), o que poderia até ser apontado como algo
amigável ao meio-ambiente – nesses tempos de busca pelo “ecologicamente
correto”. Mas o superesportivo não poderia abandonar suas raízes. Por
isso, a equipe de engenharia não hesitou: a nova geração é equipada com
um violento motor 8.4 litros V10, feito todo em alumínio e naturalmente
aspirado. O “big block” produz 648 cv de potência e um torque bem pesado
de 82,8 kgfm. O corte de giros ocorre a elevados 6.200 rpm.
Big block genuíno, motor 8.4 V10 (gasolina) produz violentos 648 cv de potência e pesados 82,8 kgfm de torque
Uma caixa manual de seis velocidades gerencia a energia, que é
inteira despejada sobre as rodas traseiras. Com tamanho vigor, a
Chrysler
instalou quase tudo o que há de recursos eletrônicos para assegurar que
o cupê permaneça grudado no chão – incluindo enormes discos de freio da
italiana
Brembo. Para arrematar, a montadora diz que o novo
Viper
evoluiu significativamente em um aspecto muito criticado nas gerações
anteriores: o acabamento. A fábrica escolheu materiais requintados para
cobrir o interior do modelo.
Pelas imagens é possível notar que, de fato, no novo
Viper
mudou por completo na cabine. Os bancos do tipo concha estão lá, mas o
painel agora é amplamente revestido em couro e ganhou itens
sofisticados, como o sistema multimídia que traz uma tela de LCD
sensível ao toque integrada ao console. Desde a versão “normal” a lista
de equipamentos é bem recheada. E na configuração top
GTS,
o superesportivo fica ainda mais chique, com detalhes em aço polido,
entre outras bossas. Veja abaixo mais imagens do novíssimo
SRT Viper.
Chrysler ressalta que o interior do novo SRT Viper é divisor de águas: modelo nunca antes foi tão requintado
Modelo por ter sistema de som premium, da Harmam/Kardon; console tem alça de segurança para o passageiro
Conta-giros fica centralizado nos intrumentos, como nos superesportivos clássicos; víbrora aparece ao fundo