31 de março de 2011

Qual comprar? Hatches alemães


Estou com uma dúvida sobre qual carro comprar: um BMW 120i ou o Audi A3 Sportback? Ainda não vi nenhum comparativo entre os dois. Estou percebendo que pela faixa de preço o A3 é melhor, mas queria saber se em conforto e consumo há grande diferença. Qual é o melhor?

Caro Renan, eu optaria pelo Audi por dois motivos: desempenho e mercado.
Para começar, o A3 vem com motor 2.0 TFSI de 200 cv e câmbio automatizado S-tronic de dupla embreagem e seis marchas, um conjunto bem mais forte que o do BMW 120i, que traz um motor 2.0 aspirado de 156 cv e transmissão automática de seis marchas. Além da maior potência e torque, o câmbio do Audi tem trocas bem mais rápidas e oferece borboletas no volante para as trocas manuais.
Esse bom entendimento entre motor e câmbio do Audi também favorece o consumo, que ficou em 8,4 km/l na cidade e 12,5 km/l na estrada nos nossos testes. Para completar, o A3 traz uma suspensão mais macia que a do Série 1, além de um espaço interno superior. Ou seja, se você prioriza economia de combustível e conforto, o Audi é sua melhor escolha.
O 120i também tem seus encantos, como a tração traseira e a dirigibilidade esportiva, com suspensão e direção mais firmes. O maior problema, no entanto, é que ele foi praticamente “morto” pela versão 118i, de 136 cv e preço mais em conta. Além disso, a próxima geração do Série 1 será lançada em meados do ano na Europa e chega ao Brasil em dezembro. O A3 demora mais para mudar – só no final de 2012.

Rolls-Royce inaugura sua maior concessionária no mundo


Um Rolls-Royce não pode ser vendido em qualquer lugar, um carro deste porte pede uma certa reverência. Os sedãs da marca inglesa, que estão entre os mais luxuosos do mundo, pedem uma concessionária à altura, e ela foi inaugurada esta semana em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. Com quase três mil metros quadrados, o espaço é suficientemente confortável para expor os seus cinco modelos.
O maior mercado da Rolls-Royce ainda são os Estados Unidos, mas o Oriente Médio tem se mostrado um bom público para a marca também. Em 2010 houve um aumento de 171% nas vendas globais, que chegaram a 2.711 unidades. Destes, 15% foram vendidos na região, o que explica as ações da marca. Além da concessionária nova, a Rolls-Royce lançou edições especiais de seus carros.
A loja de Abu Dhabi não é a primeira do mercado árabe, onde já existem outras sete revendas oficiais da marca. De qualquer forma, a nova loja é a maior delas e foi usada para a apresentação oficial da edição limitada Spirit of Ecstasy Phanton Drophead Coupe, feito em comemoração ao aniversário de 100 anos do carro.
Viu as fotos? Achou a loja digna de um Rolls-Royce, ou não viu nada demais?

Tragédia no Japão afeta até a oferta de cores para carros


Xirallic. Você já ouviu essa palavra? Parece nome de remédio. Não é, mas está tendo um gosto amargo para a Ford dos Estados Unidos: a substância, que garante um certo brilho metálico às tintas automotivas preta e vermelha, foi patenteada por um fabricante japonês, fortemente prejudicado pelo terremoto seguido de tsunami há três semanas.
Por conta na quebra no fornecimento, a Ford está recomendando aos seus revendedores que não aceitem encomendas para vários modelos nas cores Preto Tuxedo e Vermelho. É uma ironia: no passado, Henry Ford chegou a dizer que o consumidor podia comprar um Ford T de qualquer cor, desde que fosse preto. Isso porque era a tinta que secava mais rápido; curiosamente, seu nome era Japan Black.

No Civic Si, todo mundo pede bis

Sedã da Honda será renovado este ano, mas o Si está fora dos planos no Brasil.
O Civic Si tinha tudo para ser o renegado da esportivada. Foi lançado em 2007 e, com a chegada da nova geração do Civic, ainda neste ano, está com os dias contados no mercado nacional. Sabe como é, carro sem novidade tende a ficar de canto. Mas esse papo está racional demais, não? Ainda mais sobre um carro que, de racional, não tem nada. E claro que todo mundo queria acelerar o Si.
Fabio Aro e Guilber Hidaka
Sistema i-VTEC controla a abertura de válvulas eletronicamente e ajuda motor a encher rápido
Desculpem aí, amigos, mas a chave parou na minha mão. Saí da redação feliz da vida. Rodamos devagar pela avenida Jaguaré, aguardando os próximos carros. Oi, trânsito! Aqui no Si está tudo bem. Primeira marcha, segunda, e eu continuo impressionada com a ergonomia do sedã.
Volante “de pegada”, banco esportivo acolhedor e alavanca de câmbio pequena, que encaixa direitinho na mão. E a relação entre a troca de marchas e os pedais é, sem medo de ser puxa-saco, sensacional! Poucas vezes meus pés ficaram tão à vontade para se adaptar a um carro diferente do meu. A embreagem é curta e o acelerador, empolgante. Acelerou, foi! A tocada é tão esportiva que o conta-giros se anima fácil, fácil. Por isso que, na cidade, o Si é um pouco cansativo. “É um carro que pede para ser dirigido rápido o tempo todo”, comentou o editor Daniel Messeder.
Fabio Aro e Guilber Hidaka
O Si do jeito que ele mais gosta: na curva, com o conta-giros cheio e o acelerador grudado no fundo
Mas quem quer saber de trânsito? Já estou na estrada, agora, sim, ouvindo o ronco nervoso do motor 2.0 16V. Acima dos 6.100 rpm, ele fica mais irritado: é quando potência e torque máximos começam a ser despejados, e o carro ganha um empurrão extra. Dá-lhe i-VTEC! A tecnologia, que controla eletronicamente a abertura das válvulas de admissão e escape, ajuda o motor a encher rápido. Se quiser rodar mais manso e economizar combustível, é só jogar a sexta marcha. Aos 120 km/h, o conta-giros fica calminho.
Foi na Estrada dos Romeiros, bem sinuosa, que o dia ficou melhor com a sequência acelera, reduz, vira, acelera. O câmbio manual de seis marchas deu o tom da diversão, enquanto a direção direta e a suspensão “tábua” deixaram o Si totalmente à vontade nas curvas. Eu? Parecia criança. Lembrei do meu primo que, quando era pequeno, passava o dia brincando de dirigir com um prato (volante) e um pau de macarrão no vão do sofá (câmbio), imitando os sons das trocas de marcha “Tãããããã, Tãããã”. Será que era o Si?
Fabio Aro e Guilber Hidaka
Embreagem curta, acelerador empolgante, câmbio certeiro: tudo favorece a esportividade

Flex, Soul fica mais brasileiro

 
Marcos Camargo
Com novo motor flex, Soul custa a partir de R$ 52.900 com câmbio manual e R$ 63.900 com automático
“Preciso ir ao posto colocar álcool no meu carro”, diz a marketeira Carol da novela Insensato Coração, interpretada pela atriz Camila Pitanga. A personagem já desfila com o novo Soul flex na trama, e a Kia então aproveitou a ação de marketing para contar ao público que o crossover está mais brasileiro.
Apenas nos dois primeiros meses do ano foram vendidas quase 2.600 unidades do modelo por aqui, número que a marca pretende ampliar ao transformá-lo no primeiro coreano flex. O motor 1.6 16V rende agora 130 cv com etanol e 126 cv com gasolina, contra 124 cv da versão anterior. Na prática, isso significou uma ligeira melhora no desempenho e um consumo condizente. Enquanto o modelo a gasolina registrou 9,9 km/l na cidade, a nova versão fez 7,1 km/l com etanol. E o melhor: o combustível vegetal não tornou o motor mais áspero, como poderia se esperar. Vale lembrar que a comparação é de carros equipados com rodas aro 18 e câmbio automático.
Marcos Camargo
A transmissão sequencial é outra novidade da linha 2011 do Soul. O câmbio manteve apenas quatro marchas (o de seis velocidades continua exclusivo do Cerato), mas agora oferece opção de trocas manuais, permitindo maior controle sobre o carro. O torque também melhorou: passou de 15,9 kgfm para 16,5 kgfm com etanol. A hora da verdade aconteceu na pista de testes, onde o Soul acelerou de 0 a 100 km/h em 11,9 s, superando a marca de 12,4 s da versão anterior.
Por dentro, mais novidades: há um novo grafismo do quadro de instrumentos e ar-condicionado digital, além de forração nas laterais de portas. As saídas de áudio auxiliar e para pendrive seguem como pontos positivos. Mas ainda sentimos falta de um computador de bordo (que o Cerato sempre teve) e da trava automática das portas em movimento.
Marcos Camargo
Por dentro, Soul 2011 ganhou nova coifa do câmbio (de couro), ar digital e instrumentos com grafismo inédito
Além da novela, o Kia Soul não perde uma partida da Copa do Brasil, onde fica exposto pelos estádios do país em outra ação agressiva de marketing da Kia. Fã de futebol, rodando a etanol... É, pelo visto, só falta esse coreano cair no samba para se tornar brasileiro de carteirinha.
Marcos Camargo
Motor 1.6 16V passou a render 130 cv com etanol e recebeu reservatóorio de gasolina

Renault prepara novo Logan

 
Renault
Renault Logan: nova geração que chega ao Brasil no fim do ano que vem terá visual mais atraente que o carro das fotos
Prestes a promover uma reestilização média no Sandero, em maio, e lançar o jipe Duster no fim do ano, a Renault já direciona seus esforços para a primeira grande remodelagem do Logan, o “pai” dessa família que inclui Sandero e Duster. Conhecido como projeto L52, o novo sedã será lançado inicialmente na Romênia, e no fim de 2012 no Brasil, produzido no Paraná.
Quem já viu as peças que estão sendo cotadas garante: o desenho totalmente insosso será coisa do passado. Trunfos como o porte e o baixo custo serão mantidos, mas o desenho deverá ganhar um mínimo de charme, para atender a um público mais abrangente do que os ditos consumidores “100% racionais”.

Kia confirma novo Picanto em agosto

 

Kia
Kia Picanto 2012: nova geração do modelo terá motor 1.0 fllex, de apenas três cilindros, mas com 86 cavalos, no mercado brasileiro
A Kia Motors confirma a chegada da nova geração do hatch Picanto em agosto com preços que deverão partir de R$ 36 mil. O carro recebeu uma reformulação completa que inclui motor 1.0 de apenas três cilindros, preparado para funcionar com etanol no Brasil e render até 86 cavalos de potência. O câmbio será manual de cinco velocidades, com a opção automática de quatro marchas. A novidade teve seu lançamento mundial no Salão de Genebra (Suíça), no início do mês. Segundo o diretor de vendas da Kia Motors do Brasil, Ary Jorge Ribeiro, atualmente são vendidas cerca de mil unidades mensais do Picanto, mas com a chegada da nova geração, a meta é chegar a 2,2 mil unidades por mês.

Kia
Pelo menos em alguns mercados, a versão topo de linha do Picanto pode vir com teto solar botão de partida, entre outras sofisticações
Além do Picanto, em maio,  a marca coreana vai trazer o cupê Cerato Koup, equipado com motor 2.0 de 156 cavalos e câmbio automático de seis marchas, controle eletrônico de estabilidade (ESP), entre outros equipamentos, por algo em torno de R$ 80 mil. Durante o evento de apresentação do Soul flex e do utilitário esportivo Sportage também foi confirmado que a chegada do Cerato hatch ao Brasil vai atrasar bastante. O carro desembarcará por aqui apenas no segundo semestre de 2012.
Fabio Aro e Guilber Hidaka
O cupê Cerato Koup está confirmado para maio com motor 2.0 de 156 cavalos e câmbio automático de seis marchas
Ainda entre as novidades que a marca prepara para 2011 está incluído o sedã grande Optima, que vem apenas em novembro por um preço um pouco abaixo do Hyundai Sonata. Com todos os novos modelos que a fabricante coreana passará a vender no mercado brasileiro este ano, a expectativa é de atingir 3% de participação no mercado geral. O aumento do volume de importação também vai contribuir com essa meta. O Sportage terá entre mil a 1,8 mil unidades importadas por mês em 2011 e a previsão de vendas do Soul é de 18 mil unidades até o fim do ano. No total, a marca pretende chegar a 104 mil unidades vendidas em 2011, ante 54,1 mil de 2010.

Hyundai apresenta conceito a hidrogênio


Hyundai
A Hyundai aposta no hidrogênio como opção viável de combustível automotivo. E para manter-se à frente dos concorrentes no desenvolvimento desta tecnologia, a marca apresenta no Salão de Seul, na Coreia, seu novo conceito Blue2. O sedã tem inspirações esportivas, mas seu foco está no conforto e praticidade. Em seu visual, o projeto carrega diversas características visuais dos modelos mais recentes da marca.
Seu principal atributo é o motor elétrico de 121 cv alimentado por células de combustível que, segundo a Hyundai, garante uma autonomia de impressionantes 34,9 km/l. Para auxiliar no desempenho, o Blue2 vem acompanhado de rodas de liga-leve e pneus de baixa resistência.
Hyundai
No interior, painel e portas têm desenho assimétrico para valorizar o espaço e conveniência. Um sistema eletrônico se encarrega da abertura automática das portas quando o motorista se aproxima, com a ajuda de um sistema de reconhecimento pessoal. Os bancos são mais largos e uma tela de led transparente localizada no console central informa sobre as principais características do carro durante seu funcionamento.
Hyundai
Segundo a Hyundia, o Blue2 leva o conceito de sustentabilidade além, criando um ambiente agradável para os ocupantes, com direito a ionizador de ar, bancos anti-bacterianos e padrões de acabamento em forma de folhas.

Ford apresenta nova Ranger com cabines simples

 
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Nova Ford Ranger:  utilitário será fabricado na Argentina em 2012, quando chegará ao mercado brasileiro renovado
A Ford mostra todas as versões da nova geração da picape Ranger no Salão de Bangcoc (Tailândia), inclusive as com cabines simples e estendida, que ainda não haviam sido apresentadas. O utilitário é fabricado sobre uma nova plataforma global da Ford e da japonesa Mazda, a picape será vendida em mais de 180 países – entre eles o Brasil, com modelos de fabricação argentina. A unidade de General Pacheco começa a fazer o utilitário em 2012.
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Ford Ranger com cabine simples
A nova picape poderá ser equipada com três diferentes tipos de motor: 2.5 a gasolina de 166 cavalos, 2.2 turbodiesel de 150 cv e 3.2 de 200 cv. E o sistema de transmissão terá câmbio manual ou automático, ambos de seis marchas, além de tração 4x2 ou 4x4.
A lista de equipamentos poderá inclui itens sofisticados, como comandos por voz, câmera para ajudar nas manobras, controle eletrônico de estabilidade (ESP), entre outros.

Audi mostra A7 em São Paulo

 
Audi
Audi A7 será mostrado pela primeira vez no Brasil em um evento de polo

A Audi escolheu um evento esportivo para mostrar o A7 pela primeira vez ao público brasileiro. O sedã com ares de cupê será apresentado nesta quinta-feira (31) durante um jantar que irá eleger os melhores atletas de polo do país em um badalado restaurante de São Paulo (SP). O início das vendas do carro ainda não foram confirmados pela marca no Brasil, assim como o preço do sedã que ficará posicionado entre o A6 e o A8, na faixa dos R$ 350 mil.

O A7 aposta no visual para se destacar frente aos concorrentes Mercedes-Benz CLS e Aston Martin Rapide e, segundo a marca, faz um mix de segmentos. “Une a elegância de um cupê, o conforto e prestígio de um sedã e a funcionalidade de uma perua”, afirma a montadora em nota. Ele tem 4,97 m de comprimento, 1,9 m de largura, 1,42 m de altura e vem equipado com um motor V6 3.0 TFSI de 300 cv de potência e 44,9 kgfm de torque. Dotado de um câmbio S-tronic de dupla embreagem e sete velocidades, além de tração integral, o A7 é capaz de chegar aos 100 km/h em 5,6 segundos. A velocidade máxima é limitada em 250 km/h.

Seu visual chama atenção, sobretudo pelo teto baixo e a linha de cintura alta. Na dianteira traz como opcional faróis equipados com 18 leds. Na traseira, um defletor de ar integrado à tampa do porta-malas ergue-se automaticamente quando o carro chega aos 130 km/h e se retrai quando atinge 80 km/h. O porta-malas tem boa capacidade de 535 litros e o interior reserva muita tecnologia.

Audi
Cupê de quatro portas aposta em linhas arrojadas para enfrentar Mercedes CLS e Aston Martin Rapide
Um sistema multimídia conta com serviços on-line conectados à internet por meio de Bluetooth. O sistema permite ainda integrar tablets como o iPad e monitorar dados do carro, como o controle dos faróis, a transmissão e o piloto automático. O sistema de som é Bang & Olufsen de 1.300 watts de potência e um total de 15 alto-falantes.

Audi

28 de março de 2011

Discovery ou Grand Cherokee: quem vence a disputa?

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 Fabio Aro
Discovery 4 ou Grand Cherokee? O Discovery é um pouco mais alto e mantém as linhas originais, quadradas. Já no Jeep, os cantos são mais suaves
Um nasceu nos Estados Unidos em 1992. O outro, na Inglaterra, três anos antes. Em comum, o porte avantajado e a ótima capacidade off-road, aliada à boa dose de luxo e conforto. Após cerca de duas décadas, os dois mostram maturidade admirável, prova de que o tempo fez bem a ambos. O novoJeep Grand Cherokee, que acaba de chegar ao Brasil, perdeu um pouco de seu jeitão brucutu: está com visual mais civilizado, porém sem esquecer suas origens. Com o novo estilo, ficou menos “caixote”. O Land Rover Discovery 4 mantém o aspecto quadrado, mas também evoluiu muito: traz vários avanços mecânicos e muita tecnologia.
Embora os modelos sejam eternos rivais, as duas unidades testadas aqui não são concorrentes diretas. As dimensões são equivalentes, mas eles começam a se distanciar quando o assunto é motor (V6 a gasolina no Jeep e V6 a diesel biturbo no Discovery) e, principalmente, nível de equipamentos. Essas diferenças aparecem no desempenho, luxo e, claro, preço: enquanto o Grand Cherokee 3.6 V6 Laredo, como o testado, custa R$ 154.900, o preço do Discovery 4 TDV6 foi fixado em R$ 259.900 (a versão mais barata do “Disco 4” custa R$ 179.900). Vamos conhecer um por vez, para saber se os benefícios compensam os custo.
Nobre inglês
Visto de fora, o Discovery 4 mantém as características da primeira geração, como o teto alto, frente elevada, grade reta e para-brisa quase em pé – coisa típica de jipão. Mas quem prestar atenção vai perceber a fileira de leds contornando os faróis. E quem entrar vai achar que errou de inglês, já que por dentro o Discovery topo de linha tem requinte quase comparável ao dos conterrâneos da Jaguar.
 Fabio Aro
O Discovery mais barato custa R$179.900. O mais caro, como o testado, vai a R$ 259.900
Sabe aquela ideia de que carro a diesel é barulhento? Pois a máxima não serve para o Discovery. Tirando a batidinha típica de castanhola em marcha lenta, em movimento o modelo da Land Rover é bem silencioso, resultado não apenas da alta tecnologia do motor, mas também do ótimo isolamento acústico. Para efeito de comparação, mesmo com motor a diesel o Discovery é mais silencioso que o Grand Cherokee a gasolina (a comprovação está no quadro de testes).
 Fabio Aro
O motor biturbo a diesel garante força com suavidade, silêncio e economia. O sistema de vídeo vem com entradas auxiliares no banco traseiro.
Como nos carros de alto luxo (e preços nas alturas), não é preciso apertar nenhum botão para destravar as portas: de posse da chave, basta pôr a mão na maçaneta que ela já abre. A partida também é por botão. Aliás, nesse ponto, Discovery e Grand Cherokee empatam.
Mesmo à noite, é possível apreciar o ótimo acabamento de couro e alumínio polido, graças à sutil iluminação interna que deixa visíveis laterais e carpete. Ainda sobre iluminação, o modelo tem automatização do farol alto: o facho baixa sozinho em caso de veículo em sentido contrário, e volta a aumentar depois que ele passa. No centro do painel, a tela (touch screen) permite acesso a vários sistemas e configurações do veículo.

Andando, o Discovery mostra ânimo incomum para um veículo de 2.580 kg, e com acomodação para sete ocupantes. As acelerações são rápidas, assim como as respostas dos freios, direção e suspensão. Na pista, o modelo fez 0 a 100 km/h em 9,3 segundos – marca tão boa como inesperada para um utilitário a diesel. O segredo está no novo motor 3.0 V6 biturbo de 245 cavalos, equipado com turbinas de dimensões diferentes (o turbo primário é maior que o secundário). Esse Land Rover tem tanto apetite na hora de acelerar que até ignora a faixa vermelha do conta-giros: embora ela comece nos 4.200 rpm, quando a gente pisa com vontade as trocas de marchas são feitas na faixa de 4.500 rpm. O câmbio automático tem seis marchas e oferece trocas manuais.
 Fabio Aro
A trasmissão automática de seis marchas tem modos de conforto , esporte e manual. O freio eletrohidráulico dispensa a alavanca
Se em alto giro o motor agrada muito, em baixa ele é ainda mais impressionante. Segundo a Land Rover, esse “provavelmente é o motor de seis cilindros a diesel de maior torque do mundo”. O torque de 61,2 kgfm está disponível a partir de 2.000 rpm. Isso significa que uma leve pressão no pedal do acelerador já despeja muita força nas quatro rodas.
Quando chega ao chão, a força pode ser dosada de acordo com o tipo de solo (areia, neve, pedras, etc.), por meio de um seletor rotativo localizado à frente da alavanca de câmbio. Além disso, a suspensão a ar é ajustável: pode subir ou descer, de acordo com a ocasião (ou obstáculo).
Apesar da altura (1,9 m), o modelo apresentou bom comportamento nas curvas, ajudado pelas belas rodas de 20 polegadas e pelos pneus largos e de perfil baixo (255/50), que dão aspecto esportivo ao jipão. Não são os “sapatos” mais indicados para aventuras radicais. Mas, se esse for o caso, basta trocar os pneus e partir para a briga.

Dieta do Grand Cherokee
 Fabio Aro
Com o arredondamento das linhas, a aerodinâmica melhorou muito. Mas as medidas externas cresceram
O Jeep Grand Cherokee sempre abusou do tamanho, das formas quadradas e dos motores beberrões. Bem, com relação ao tamanho, é preciso dizer que ele continua “Grand”. A quarta geração (olha aí outra coincidência com o concorrente inglês) cresceu 7 cm no comprimento (foi para 4,82 m), 1 cm na largura (1,94 m) e 2,4 cm na altura (1,78 m). Apesar disso, as formas externas foram tão suavizadas que a impressão é de que o modelo diminuiu. E evoluiu: o arredondamento de linhas resultou em melhora da aerodinâmica (o Cx baixou de 0,40 para 0,37).
 Fabio Aro
O novo motor 3.6 V6 tem comando duplo, bloco de alumínio e 286 cavalos. O v6 antigo era maior (3.7), mas rendia apenas 210 cavalos.
Não é só isso: o estilo melhorou muito, idem para a mecânica. A versão testada por Autoesporte veio equipada com o novo motor 3.6 V6 a gasolina. Com comando duplo variável e bloco de alumínio, rende 286 cv. Como comparação, o V6 antigo era maior (3.7) e rendia muito menos (210 cv).

Na pista, o jipão norte-americano mostrou bom desempenho, cumprindo a prova de 0 a 100 km/h em 9,9 s. Mas não é uma marca suficiente para encarar o Discovery 4, que graças ao torque do motor a diesel se destacou também nas retomadas. Não foi possível medir o consumo do Grand Cherokee, porque só tivemos acesso a ele na pista de Tatuí. Já o Discovery mostrou ter pouca sede: fez 8,6 km/l de diesel na cidade e 11,8 km/l na estrada.
Embora os dois tenham suspensão a ar regulável, na pista o Grand Cherokee apresentou maior inclinação nas curvas. A suspensão é mais macia no modelo americano, mas parte desse sintoma pode ser creditada aos pneus e às rodas. Enquanto o Discovery foi para o teste com rodas aro 20 e pneus 255/50, o Grand Cherokee estava com rodas aro 18 e pneus 265/60.
A tração integral funciona em harmonia com a suspensão Quadra-Lift, capaz de aumentar ou reduzir a altura do carro. O Grand Cherokee pode ir de 16,4 a 26,9 cm do solo. A mais baixa serve para facilitar carga e descarga. A mais alta, para evitar pedras maiores. Para aventuras mais radicais, é possível destacar a parte inferior do para-choque frontal. Nesse caso, o ângulo de entrada sobe de 30,7 para 34,3 graus.
 Fabio Aro
O câmbio de 5 marchas do jeep também permite trocas manuais, porém nesse caso as mudanças são feitas na longitudinal
Os dois têm discos nas quatro rodas, mas nessa prova novamente o Discovery mostrou performance superior: precisou de 26,7 metros até parar completamente, 1,5 m a menos do que o Grand Cherokee. No freio de estacionamento eles também são diferentes. Enquanto o inglês tem freio eletromecânico, o americano ainda vem com o prosaico pedal do lado esquerdo.

Ambos têm comandos no volante e coluna ajustável em altura e profundidade, mas no Grand Cherokee a regulagem é mecânica, enquanto no Discovery ela é elétrica. Em termos de transmissão, o Land Rover também não dá chance para o Jeep: são seis marchas no câmbio automático, contra cinco do Grand Cherokee. Com uma marcha a mais, as trocas são mais suaves, sem grandes variações de rotação nas mudanças. Nos dois, é possível fazer trocas manuais, mas no Jeep elas são menos intuitivas, porque a alavanca deve ser mexida na posição transversal, e não longitudinal, que é o modo mais natural (e sensato).

Carro por carro, o Discovery 4 é bem superior. Mas custa R$ 105 mil a mais que o Grand Cherokee. Para quem pode pagar por um “Jaguar off-road”, o modelo inglês é uma ótima opção. O Jeep Grand Cherokee é a escolha econômica. E também leva você a qualquer lugar. Balançando um pouco mais, mas leva.

Qual Comprar? Fluence, C4 Pallas ou Focus Sedan


Tenho necessidade de um carro automático pelas limitações que possuo. Então, estou na dúvida sobre C4 Pallas GLX, Focus Sedan GLX e Fluence Dynamique. Qual a melhor opção analisando manutenção, seguro e desvalorização? Já fiz test-drive no Focus e no C4 e gostei muito dos dois, mas consultando opiniões de proprietários fiquei com muitas dúvidas porque metade elogia a outra reclama.
Paulo Henrique

Estou entre o C4 Pallas GLX, o Focus Sedan GLX catalogo PDK1e Fluence Dynamique, todos com câmbio automático. Sei que o Fluence acabou de ser lançado e o Focus irá mudar de modelo. Então, uma ajuda na escolha viria muito bem nesta hora.
Denis Dognini

Confesso que esperava menos do Fluence. Mas bastou dirigi-lo a primeira vez para gostar (muito) do carro. A Renault acertou a mão ao fazer um sedã bonito, bem equipado, com ótima mecânica (motor 2.0 16V e câmbio CVT da Nissan) e ainda por cima com preço de combate. Na minha opinião, nem mesmo a chegada do novo Jetta e do Peugeot 408 faz o Fluence perder o posto de melhor da categoria. Resta agora esperar pelos novos Honda Civic, Chevrolet Cruze e Hyundai Elantra.
Entre o Focus e o C4 Pallas, eu ficaria com o Ford pelo acerto mecânico e dirigibilidade. O C4 tem um câmbio automático que prejudica muito o desempenho e o consumo do bom motor 2.0 16V da PSA. O Focus também não tem um câmbio automático dos melhores (apenas 4 marchas, como no C4), mas dá menos trancos nas passagens de marcha. Quanto às novas gerações, vale lembrar que tanto o Focus quanto o C4 já mudaram na Europa. O Ford tem previsão de chegar ao Brasil no final de 2012 (como linha 2013), enquanto o C4 ainda não tem data definida.
Com relação ao mercado, todos oferecem 3 anos de garantia e revisões com preço fixo. Mas nenhum deles tem bom histórico no mercado de usados (no caso do Fluence, a referência é o antecessor Mégane), o que pode fazer com que a desvalorização seja mais acentuada que a dos líderes de venda. Nesse aspecto, Civic e Corolla ainda são os reis do segmento.

Pagani confirma Huayra conversível

Pagani
Pagani Huayra: supercarro terá versão conversível dentro de três anos. Cupê recém-lançado já teve 60 unidades vendidas 
Em entrevista ao site Argentina Autoblog, a Pagani confirma que vai fabricar uma versão conversível do supercarro Huayra entre o fim de 2013 e o início de 2014. O motor será o mesmo V12 6.0 biturbo de 700 cavalos feito pela AMG herdado do Zonda.
Entre outros detalhes, Horário Pagani, fundador da marca com seu sobrenome, revelou que gostaria que o novo supercarro se chamasse “Da Vinci”, mas que não foi possível adotá-lo por que já havia sido registrado por outra empresa. De qualquer fora, este detalhe não atrapalhou as vendas do modelo, que já teve 60 unidades negociadas.
Pagani

Kia quer lançar pequeno conversível

 
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Kia Kee Concept: série canditado a servir de base para o novo roadster da marca coreana a partir da linha 2014
Falta um pequeno conversível na linha da Kia, admite a alta cúpula da marca corena, da qual faz parte o presidente da marca na Europa, Paul Philpott e o chefe do departamento de design Peter Scheyer. Além de completar a gama de opções oferecidas pela fabricante, o novo modelo também ajudaria a consolidar o caráter esportivo que a marca tem mostrados nos últimos lançamentos.
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O novo modelo deverá ser apresentado no fim de 2013 como parte da linha 2014. Seguirá um estilo arrojado, como o do protótipo Kee Concept, mostrado há dois anos. O modelo conceitual servirá de base para o novo projeto, mas com uma série de modificações.

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Novo Chrysler 300

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Chrysler
Novo Chrysler 300 foi criado com a marca já sob comando da Fiat
O novo Chrysler 300 está chegando. Renovado no início deste ano, com lançamento oficial no Salão de Detroit, o modelo de luxo ganhou uma remodelagem considerável e foi prometido pela montadora americana para as revendas brasileiras ainda para 2011. Em contato com algumas concessionárias da marca, os vendedores se preparam para início das vendas em agosto.
A primeira versão a ser disponibilizada será a 3.6 V6 de 283 cv, segundo os funcionários da rede de lojas, com a opção V8 acompanhando logo depois. A expectativa é que o novo 300 chegue ocupando a mesma faixa de preço da versão atual, oferecida pela Chrysler a partir de R$ 134.900 em sua tabela.
A versão antiga do 300 C, porém, já não é oferecida em nenhuma das concessionárias da marca. Segundo os próprios vendedores, a importação não acontece desde o fim do ano passado, e apenas alguma unidades estão disponíveis nos showrooms de usados. O modelo chegou a passar por uma discreta queima de estoque nos meses de outubro e novembro de 2010.

10 de março de 2011

VW Bulli pode virar "nova" Kombi em breve

Newspress
Conceito VW Bulli apresentado em Genebra tem motorização elétrica
Cada vez mais, a Kombi se aproxima de ganhar uma nova geração. As especulações ficaram mais fortes após a apresentação do conceito Bulli no Salão de Genebra, que propõe uma nova versão para a perua da Volkswagen. Depois de várias perguntas, o chefe de pesquisa e desenvolvimento da marca, Ulrich Hackenberg, admitiu a possibilidade de levar o conceito para a linha de produção.
Segundo a revista Autocar, Ulrich afirmou que a Bulli foi construída sobre a nova plataforma modular desenvolvida pela marca, a mesma que será utilizada para o Audi A3. É previsto que outros projetos do grupo VW utilizem a engenharia, já que ela poderá ser facilmente adaptada para atender o gosto de diferentes mercados. O executivo ainda afirmou que a Bulli poderia ser produzidana fábrica do New Beetle, em Puebla, no México. Ficou faltando apenas dar um prazo para isso acontecer.
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Nissan começa a fabricar March no México

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Primeiras unidades do Nissan March saem da linha de montagem em Aguascalientes, no México
A Nissan começa a fabricar o pequeno hatch March em Aguascalientes, no México, de onde virão as unidades que serão vendidas no Brasil a partir do terceiro trimestre, provavelmente entre julho e agosto. Da nova fábrica sairão 60 mil unidades por ano, sendo 70% deste volume para exportação.
Em 2013 o March ganhará uma versão sedã, que também será feito na mesma unidade de produção. Além do México, o March é feito na Tailândia, India e China. Em vários mercados, o carro será vendido com motor 1.2 de 80 cavalos. No Brasil, virá com o 1.0 flex da Renault usado no Clio, Sandero e Logan e que rende até 77 cavalos com etanol.   Divulgação

Presidente do México, Felipe Calderón, ao volante do March durante inauguração da linha de montagem da Nissan

Mini Cooper S

O jogo estava marcado. Mas a escalação só foi definida na véspera, quando o Mini Cooper S chegou à concentração. Ele entrou em campo com aerofólio de fibra de carbono que, apesar de exagerado, lhe caiu bem. O acessório é do kit John Cooper Works e custa R$ 5,6 mil. Entre os itens titulares, rodas aro 17, grade tipo colmeia na cor preta, saída de escape dupla e entrada de ar no capô.
Fabio Aro e Guilber Hidaka
Melhores jogadas aparecem quando o motor 16V tabela com o câmbio no modo Sport
E nada disso é firula. Com motor 1.6 16V turbo de 175 cv, o “S” alcança 100 km/h em 7,2 s – dá um olé no Cooper convencional, que tem 120 cv e é 3,4 s mais lento. O torque de 24,5 kgfm aparece cedo, a partir de 1.600 rpm, e resolve a falha em baixa rotação apontada pelo editor Hairton Ponciano Voz no teste da versão menos potente. É fácil se empolgar e superar o limite da estrada. Para conter o ímpeto, potentes discos nas quatro rodas freiam o Mini de 80 km/h a 0 em apenas 23,9 m.
A condução lembra a de um kart. A direção é direta e a estabilidade, impecável. A carroceria quase não inclina e, por isso, sair da trajetória requer muito abuso. A suspensão é firme e informa tudo aos ocupantes, até as menores imperfeições do solo. A diversão só não é maior porque falta o câmbio manual. Ainda assim, o Mini surpreende nas arrancadas. “Frita tanto os pneus, que nem parece automático”, disse o editor Daniel Messeder, que fez os testes na pista. As trocas das marchas podem ser feitas a partir de borboletas atrás do volante, só que não são intuitivas: para reduzir, é preciso empurrar a haste com o polegar. Além disso, mesmo no modo manual, a transmissão sobe a marcha sozinha quando o limite de giros se aproxima. Para extrair o melhor dela, o ideal é ativar o botão Sport, à frente da alavanca.
Fabio Aro e Guilber Hidaka
Nem precisava de aerofólio, mas com ele a saída dupla de escape, o Cooper S bate um bolão
No interior, a forma supera a função. O velocímetro circular no centro do painel é puramente estético – a velocidade, a gente vê no display digital. Os botões que abrem janelas e determinam o tom da iluminação são charmosos, mas quem nunca dirigiu um Mini demora a se adaptar, como observou a repórter Carina Mazarotto. Passada a fase de adaptação, é só curtir a atuação do craque. O pênalti pode ser o preço: R$ 128.750 – quase R$ 50 mil a mais do que o Cooper Salt.
Fabio Aro e Guilber Hidaka
Mini é dominado por formas arredondadas, que tomam conta do interior; mas peca na ergonomia

9 de março de 2011

Fiat começa produção do 500 no México

  Divulgação
Fiat 500 feito no México terá versão mais simples, sem controle de estabilidade, entre outros itens, que custará menos de R$ 50 mil
A Fiat iniciou a produção do compacto 500 no México esta semana. Segundo comunicado oficial da marca, a fábrica de Toluca, que pertence à Chrysler, passará a produzir as unidades destinadas ao mercado das Américas e China. Isso inclui o Brasil, onde um dos modelos mexicanos já foi flagrado em testes na semana passada. Na nova linha de produção, o Cinquecento não passará por mudanças visuais, ganhando apenas adaptações na motorização, que passa a ser Multiair 1.4.
A expectativa de produção é de 120 mil unidades anuais. A fábrica também monta os modelos Dodge Jorney e, futuramente, Freemont (que também será vendido no Brasil). Com a mudança de origem, o 500 deverá ganhar um abatimento de preço por aqui, já que o acordo comercial com o México isenta a cobrança de impostos de importação. Uma versão menos equipada (sem controle de estabilidade e hill holder) deverá custar um pouco menos de R$ 50 mil.
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