23 de fevereiro de 2012

Hyundai revela versão perua do novo i30


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Nova geração da perua i30 será revelada no início de março, na abertura do Salão do Automóvel de Genebra
Hyundai divulgou nesta quinta-feira (23) as primeiras imagens da i30 Wagon, versão perua derivada da nova geração do hatch médio sul-coreano. O modelo familiar fará sua estreia no Salão de Genebra (Suíça), que abre em duas semanas. Em relação à primeira geração, ainda à venda no Brasil e chamada de i30 CW, a perua está 18,5 centímetros mais comprida (4,48 metros). A fábrica informa um porta-malas generoso de 528 litros. 

Com os bancos traseiros rebatidos, a Hyundai diz que a capacidade volumétrica do bagageiro chega a impressionantes 1.642 litros. Em termos de estilo, a segunda geração da perua exibe a mesma “escultura fluida” do novo i30 – que caracteriza os carros mais recentes marca. Na Europa, a station também usará os mesmos motores do hatch: são três a diesel e mais três a gasolina, incluindo o moderno 1.6 litro GDi de 135 cv de força. 

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Vinda da i30 Wagon ao Brasil é quase certa, mas só deve acontecer em 2013; hatch chega no fim do ano
A montadora sul-coreana ainda não anunciou quando começam as vendas da perua no mercado europeu. Contudo, o modelo deve chegar às lojas já nos próximos meses. No Brasil, a vinda da i30 Wagon é praticamente uma certeza, mas deve ficar para 2013. Isso porque a nova geração do hatch médio chega no segundo semestre – provavelmente com motor flex. Sua estreia deve acontecer no Salão de São Paulo, no fim de outubro. 

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Nova geração da perua i30 ficou 18,5 centímetros mais comprida que a atual (i30 CW), ainda à venda no Brasil

Surgem as primeiras imagens do novo Audi A3


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Eis a terceira geração do Audi A3, que estreia em Genebra; médio de luxo terá uma inédita configuração sedã
Nesta quarta-feira (22) surgiram as primeiras imagens (aparentemente oficiais) da nova geração do Audi A3, que estreia daqui a duas semanas no Salão de Genebra (Suíça). Sites internacionais publicaram várias fotos da terceira fornada do modelo, que terá carrocerias de duas e quatro portas, uma conversível, além do inédito sedã – mostrado no ano passado em Genebra, ainda como protótipp

Por enquanto, a Audi revelou poucos detalhes do novo A3. O primeiro deles foi o painel, mostrado em uma feira de tecnologias no fim de 2011. A revelação, na época, teve sua justificativa: o médio de luxo vai estrear um novo sistema multimídia, mais sofisticado e moderno. Outra certeza é a estrutura em monobloco. O A3 será o primeiro veículo do grupo Volkswagen a usar a nova plataforma global modular.

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Nova geração do A3 pode estrear sistema de desativação de cilindros; motor 1.4 TSI (turbo) é esperado
Já a parte mecânica do novo A3 ainda é um mistério. Especula-se que a terceira geração usará o recente bloco 1.4 litro TSI do grupo VW, que associa comando variável de válvulas, injeção direta e turbocompressor. O motor já equipa o subcompacto A1, mas uma das novidades no A3 será o sistema de desativação dos cilindros, que (como o próprio nome diz) desativa um dos quatro cilindros para poupar gasolina. 

Visualmente, a terceira geração do A3 não revoluciona, apesar de exibir firulas tecnológicas modernas – como os leds diurnos dos faróis e lanternas. A grade frontal mantém o formato em trapézio invertido, mas segue o padrão atual de seis pontos (é hexagonal, na prática). Na Europa, as vendas do novo A3 devem ter início logo após o salão suíço. No Brasil, o modelo pode fazer sua estreia no Salão de São Paulo

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conceito XY propõe Peugeot 208 de luxo


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208 XY Concept será um dos destaques da Peugeot no Salão de Genebra (Suíça), que abre em duas semanas
A pintura especial tem dezesseis camadas de tintas e verniz e muda de cor dependendo da posição, distância e ângulo em que se olha a “escultura”. As rodas de 18 polegadas têm desenho próprio e exibem cromados, também usados nas três barras da grade frontal. Por dentro, o teto é quase todo de vidro, entregando uma visão panorâmica do céu. E o revestimento farto em couro nobre é realçado por detalhes sofisticados. 

Assim é o XY Concept, estudo que a Peugeot exibirá no Salão de Genebra (Suíça), daqui a duas semanas. O conceito é uma espécie de versão de luxo do hatch 208 e pode adiantar os planos da montadora de criar uma linha premium nos mesmos moldes da requintada gama DS da Citroën. Por ora, não há previsão de montagem da versão, que é equipada com um motor 1.6 diesel turbo de 115 cv e um câmbio manual de seis marchas. 

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Pintura do conceito tem dezesseis camadas de tinta e verniz e muda de cor dependendo da distância e posição
O hatch compacto 208 é a principal estrela da Peugeot para os próximos anos, especialmente nos mercados “emergentes”, como o brasileiro – e mesmo entre os europeus, ainda abalados pela crise econômica. Justamente por isso a montadora francesa vai dedicar atenção especial ao modelo no Salão de Genebra. O estudo XY Concept será mostrado junto com o apimentado conceito 208 GTi

No Brasil, a Peugeot confirmou essa semana detalhes da chegada do 208. O hatch compacto fará sua première no Salão do Automóvel de São Paulo, no fim de outubro, e começa a ser produzido no comecinho de 2013, na fábrica da PSA Peugeot Citroën em Porto Real, no Sul Fluminense. Em seguida, ainda nas primeiras semanas do ano que vem, chegam as primeiras unidades do compacto nas lojas brasileira.

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Imagens revelam novo Volvo V40


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Hatch, que deve ser apresentado em março, teve primeiras imagens nítidas divulgadas
Caíram na internet duas imagens que seriam do novo Volvo V40, que deve ter mais detalhes apresentados no próximo Salão de Genebra, em março. Essas são as primeiras imagens que realmente mostram o desenho do modelo, já que a montadora havia divulgado dois teasers que o mostravam coberto por um pano ou contra a luz, dificultando a observação de detalhes.

Ainda não há muitas informações oficiais divulgadas pela montadora, mas o hacth pode ser lançado para substituir o C30, o sedan S40 e a perua V50. Mirando a concorrência, o novo V40 competiria com os hatches esportivos Audi A3 e BMW Série 1.
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V40 pode substituir C30, S40 e V50 e deve concorrer com os esportivos A3 e Série 1

20 de fevereiro de 2012

Em espera pelo novo, CR-V LX some das revendas


Honda
Nova CR-V, que chega em março, já pode ser encomendada com pagamento adiantado de cerca de R$ 5.000
Existem poucas unidades da versão atual do CR-V ainda à venda nas concessionárias da Honda, já que a nova versão tem previsão de chegada ao Brasil na primeira quinzena de março. Entramos em contato com uma dezena de revendas da marca e em apenas uma delas ainda havia a versão de entrada LX na cor preta por R$ 79.900. Em todas as outras ainda era possível comprar apenas o modelo EXL 4x4 com preço variando entre R$ 90.000 e R$ 93.900, todas à pronta entrega.

Os interessados pelo novo modelo, revelado pela montadora em novembro do ano passado no Salão de Los Angeles, já podem reservar unidades mediante pagamento de sinal de R$ 5.000, independentemente do modelo desejado. Apenas uma concessionária de São Paulo informou que exige pagamento adiantado de R$ 10.000, também para qualquer modelo.

O novo CR-V será oferecido em três opções: LX 4x2 mecânica com preços que variam entre R$ 84.700 e R$ 89.900, LX 4x2 automática entre R$ 89.900 e R$ 92.900 e a versão topo de linha EXL 4x4, que custa entre R$ 103.000 e R$ 107.000 (preços variam entre as concessionárias).
De acordo com os vendedores consultados, o lançamento oficial está marcado para 17/03, mas não há uma data definida de quando os veículos chegam às concessionárias para a venda, nem quando os veículos que estão sendo reservados serão entregues. (Autoesporte)

17 de fevereiro de 2012

Aceleramos o HB, futuro nacional da Hyundai


DANIEL MESSEDER, DE NAMYANG (COREIA DO SUL) (AutoEsporte)
Hyundai
Hyundai só permitiu fotos com os carros camuflados, mas porte do hatch é similar ao de Gol e Palio
Dirigir um protótipo quase um ano antes do lançamento oficial do carro é uma oportunidade rara. Em 11 anos de carreira, essa foi a primeira vez que recebi tal convite. Mas tinha gente ali mais ansiosa que eu naquela tarde fria de outono no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Hyundai, na Coreia do Sul. Eram os engenheiros do projeto HB, aboletados no banco de trás do hatch, enquanto eu assumia o volante. Era como se o trabalho deles nos últimos três anos caísse por terra diante de alguma crítica da minha parte. Saio devagar, mas logo me sinto em “casa” e piso fundo na reta da pista de testes. Ao fim de algumas voltas, os coreanos não se aguentam: “O que achou?”, perguntam apreensivos, num inglês carregado de sotaque. Podem ficar tranquilos, senhores. A julgar pelo que mostrou nesse breve contato, o compacto da Hyundai projetado para o Brasil tem tudo para chacoalhar o segmento mais importante do nosso mercado. A produção em Piracicaba (SP) começa em novembro.

Antes de chegar ao campo de provas, nosso grupo é levado a uma enorme sala onde nos esperava um HB branco, sem camuflagem alguma. Era a única chance de conferir o visual arrojado do hatch, pois os carros do test drive (e das fotos) estavam cobertos do capô à tampa do porta-malas. Câmeras e celulares foram recolhidos na entrada. Foto aqui, só dos carros na pista, e sem direito a imagens do interior. Mas não escondi o sorriso de satisfação ao observar que o design do hatch é igualzinho ao do mocape que o site de Autoesporte mostrou, num furo mundial, em julho de 2010. Ao vivo, a impressão é ainda melhor que nas fotos-espia ou nas projeções que você confere nas próximas páginas. Os faróis grandes, os vincos marcantes e o perfil esportivo, com a parte traseira do teto mais baixa, dão ao HB um estilo agressivo que deixa o VW Gol e até o novo Fiat Palio comportados.

João Kleber Amaral
As projeções perfeitas do hatch foram confirmadas ao vermos o modelo limpo antes do test drive na pista
Abro a porta e vejo que a preocupação da Hyundai não se resumiu ao exterior. Nada de economia aparente. Em vez disso, há componentes de modelos de categoria superior. O HB exibe praticamente o mesmo (belo) quadro de instrumentos do Elantra, com direito a “copinhos” no velocímetro e no conta-giros, além de visores digitais para nível de combustível e temperatura do motor. A iluminação é azulada, padrão Hyundai. Há computador de bordo com o botão “trip” no próprio painel (à direita do velocímetro), enquanto as versões topo de linha trazem teclas de atender/desligar ligações de celular no volante, via Bluetooth. No centro, destaque para o rádio/CD player em posição elevada, ao passo que o comando da ventilação (vindo do Kia Picanto) fica mais abaixo. À frente do câmbio estão as entradas USB e auxiliar do sistema de som, com uma particularidade em relação aos demais Hyundais: elas ficam num compartimento com tampa, permitindo que você esconda seu MP3 player ou celular dos olhares de cobiça. Seria uma preocupação especial para o Brasil? Pelo sim, pelo não, agradecemos a atenção.

Seguindo no meu “tour” pelo interior, gosto da pegada do volante de três raios e de observar que ele ajusta em altura e profundidade (no crossover ix35, por exemplo, só regula em altura). Em conjunto com o banco do motorista ajustável em altura (por roldana), o recurso proporciona ótima posição para dirigir – pena que o encosto regule por alavanca. Nas laterais de porta há espaços para garrafas, como no novo Palio. Passando ao banco de trás, o encantamento diminui. O túnel que atravessa a cabine é até discreto, mas o espaço para os passageiros é apenas razoável. Com meu 1,78 m, tenho que tomar certo cuidado ao entrar, pois o teto é um pouco baixo. Mas lá dentro não bato a cabeça no teto e nem o joelho no encosto do banco da frente, também ajustado para meu tamanho. Nesse ponto, o novo Palio leva vantagem, além de ter três encostos de cabeça atrás, contra dois do HB.

Hyundai
Projeção do painel foi feita com base nos flagras e nos protótipos que dirigimos
Hyundai não divulgou as medidas do hatch, mas é possível fazer algumas constatações visuais: o comprimento fica em torno dos 3,90 m, enquanto a largura parece regular com a do Palio (1,67 m) e a altura está mais para o Gol (1,46 m). Quanto ao porta-malas, que também não teve a capacidade revelada, me pareceu um pouco maior que nos rivais, na faixa dos 300 litros. Bom é que há poucas reentrâncias no compartimento, o que facilita o uso. Para abri-lo, a maçaneta fica embutida no vinco da tampa com o para-choque. O tanque de combustível abre por dentro, por uma alavanquinha no assoalho.

Os plásticos internos do protótipo ainda não são os finais, mas dá para perceber que a qualidade do acabamento é superior à dos concorrentes nacionais e lembra muito outros carros da marca, como o i30. O tema principal é plástico rígido, como reza a cartilha da categoria, mas com texturas e partes pintadas de cinza-escuro e prata – nas maçanetas e manopla de câmbio, por exemplo. Já o tecido dos bancos é simples, de acordo com a categoria, e a espuma tem densidade macia.

Terminada a apresentação estática, chegamos à pista de testes. Três protótipos estão à disposição: 1.0, 1.6 e 1.6 automático. A marca não fala nada sobre dados técnicos, mas indica a origem dos motores. Ambos já são usados pela Kia (que pertence ao grupo Hyundai na Coreia) no Brasil: as unidades flex do Picanto (1.0) e doSoul (1.6). Hora de acelerar.

João Kleber Amaral
Acerto da suspensão ainda não é o final nos modelos avaliamos; preocupação dos coreanos é com o conforto
1.0

Dou a partida pela chave-canivete e logo reconheço o barulho característico do motor Kappa do Picanto. Com três cilindros, 12 válvulas (quatro por cilindro) e comando duplo variável, é um dos 1.0 mais eficientes atualmente. Um dos engenheiros no banco de trás diz que a potência é de 78 cv com etanol, número que aHyundai não confirma oficialmente. No caso do Picanto, são 80 cv e 10,2 kgfm de torque com etanol, mas pode haver diferenças de calibragem para o HB. Os dados finais só serão revelados na época do lançamento.

Em movimento, as respostas me lembram muito as do Picanto, sinal de que a aceleração de 0 a 100 km/h deve ficar em pouco mais de 14 segundos, como conseguido pelo Kia em nossos testes. O HB 1.0 ganha velocidade com facilidade (ao menos em piso plano), e a vibração do motor (típica dos três cilindros) é atenuada com um bom trabalho dos coxins – só é preciso se acostumar com uma ligeira vibração na marcha lenta. O motor gira suave em altas rotações e o barulho não chega a incomodar, mesmo a 4.000 rpm, quando o velocímetro aponta 120 km/h em quinta marcha. Como no Picanto, o consumo deverá ser uma das atrações do HB, fruto do cilindro a menos. Baseado nas marcas registradas pelo Kia em nossas medições, com etanol, é possível prever cerca de 9,5 km/l na cidade e 14 km/l na estrada. Antes de trocar para o 1.6, vale destacar a atuação do câmbio. De engates fáceis e curtinhos, lembra o do Gol.

Hyundai
Com motores modernos, o HB mostrou bom desempenho na pista de Namyang
1.6

Com o motor Gamma 1.6 16V, o HB exibe acelerações bastante animadas, quase esportivas. Numa saída mais forte, chego aos 150 km/h rapidamente, mostrando que fôlego não falta ao propulsor, especialmente em rotações elevadas. Se esse 1.6 fica bom no Soul, então imagine num carro mais leve? Pois é. No Kia, a potência chega a 130 cv e o torque alcança 16,5 kgfm, mas, novamente, isso não significa que os valores do HB sejam exatamente os mesmos – uma fonte da Hyundai declarou 125 cv com etanol, mas a marca não atesta o dado. A relação de transmissão nos pareceu acertada, com 3.400 rpm a 120 km/h em quinta marcha. Em altas rotações, porém, o isolamento acústico não foi capaz de impedir que o ruído do motor invadisse a cabine com mais vontade. O câmbio é tão bom quanto o da versão 1.0.

1.6 Automático

Aqui, os ânimos do bom motor 1.6 16V são um pouco arrefecidos pelo câmbio de apenas quatro marchas – é a antiga caixa usada por Soul e Cerato, que agora ganharam câmbio de seis velocidades. As trocas de marcha são suaves, mas há certa indecisão nas retomadas, o que causa perda de rendimento nas ultrapassagens e subidas. Ainda assim, a boa força do propulsor proporciona desempenho agradável. E a concorrência não oferece nada além dos automáticos de quatro marchas (Renault SanderoPeugeot 207 e Citroën C3) ou automatizado de cinco velocidades (GolPalio e Fox). Ou seja, se o HB não tem o câmbio mais moderno (poderia, se fosse o de seis marchas), estará ao menos bem inserido na briga.

Em todas as versões, um dos itens que tem dado mais trabalho à engenharia é a suspensão – tanto que os protótipos avaliados ainda não estavam com o acerto final de molas e amortecedores. “Lá no Brasil vocês valorizam dirigibilidade ou conforto?”, me pergunta um dos engenheiros. Digo que prefiro o handling, mas que o brasileiro gosta de carro que passa suave por nossas ruas esburacadas. Ele concorda. Por isso, o HB tem rodar mais macio que o dos demais Hyundais, embora, quando forçado em curvas ou desvios rápidos, tenha mostrado pouca rolagem da carroceria. A suspensão usa o mesmo esquema dos rivais, McPherson na frente e eixo de torção atrás. Comparando, o HB fica no meio-termo entre a maciez do Palio e a firmeza do Gol.

Hyundai
A versão 1.0 exibiu acelerações adequadas ao piso plano, enquanto a 1.6 se revelou quase esportiva
Só achei que os pneus são altos demais (175/70 R14), novamente pelo temor dos coreanos diante da má qualidade do asfalto brasileiro. Ao entrar mais “quente” no retorno da pista, os pneus dobravam em demasia, prejudicando a estabilidade. Um jogo de medidas 175/65 certamente ajudaria nessa condição, sem prejudicar tanto o conforto. Aliás, interessante observar que os pneus dos protótipos eram brasileiros, das marcas Pirelli e Goodyear, em vez dos tradicionais coreanos Kumho e Hankook. Mas, como dissemos, o conjunto suspensão/pneus é uma equação que ainda falta para a Hyundai resolver até o carro que vai para as lojas. O que já está definido é a direção hidráulica, que exibe leveza nas manobras, chegando a lembrar um sistema elétrico.

Entro de volta no ônibus que nos levaria a Seul convencido de que a Hyundai vai mexer com o segmento de carros compactos. No caminho até a saída do centro de desenvolvimento, um Fiat Uno Way rodando por lá mostra que os coreanos estão estudando a fundo os concorrentes – há notícias de que Gol207Sandero e Honda Fit também foram dissecados pelos engenheiros coreanos. A questão-chave para o sucesso do HB será mesmo o preço: se mantiver a previsão de valores a partir dos R$ 30 mil na versão 1.0, R$ 38 mil na 1.6 e R$ 43 mil na 1.6 automática, tem tudo para escoar a produção de 150 mil carros/ano. Os problemas que hoje afetam os importados da marca, como a falta de peças e os preços flutuantes (de acordo com a procura) da importadora Caoa prometem ser resolvidos com a fábrica local, de capital 100% Hyundai. Fora isso, o hatch deve chegar com a longínqua garantia de cinco anos dos demais modelos da marca. Somados todos os fatores, a partir de novembro, a vida de Gol e Palio (sem falar nos demais compactos) tende a nunca mais ser a mesma.

*Viagem a convite da Hyundai

Hyundai
Era só estacionar o carro após o test drive e os engenheiros coreanos enchiam os jornalistas de perguntas

Peugeot anuncia 208 GTi Concept para Genebra


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208 GTi Concept, que estreia em Genebra, usará mesmo motor do cupê RCZ: bloco 1.6 turbo gera fortes 200 cv
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Rodas têm design arrojado
Peugeot revelou na manhã desta sexta-feira (17) as primeira imagens do208 GTi Concept, estudo que adianta como será a versão esportiva do hatch compacto global. O conceito fará sua estreia nos primeiros dias de março, na abertura do Salão de Genebra, na Suíça. Até o momento a montadora francesa não falou em produção, mas a expectativa é de que o modelo chegue às lojas europeias até o fim do ano. 

Como manda a tradição, a Peugeot deixou a estética do 208 GTi mais agressiva, para acompanhar o desempenho “picante”. O tempero vem do motor 1.6 litro THP (turbo), emprestado do cupê RCZ, que produz 200 cv de potência e robustos 28 kgfm de torque, despejados já a partir dos 1.700 giros. O propulsor – também usado por 308408 e 3008, mas com potências menores – é gerenciado por um câmbio manual de seis velocidades. 

Segundo a Peugeot, esse conjunto mecânico faz o 208 GTi acelerar de zero a 100 km/h em menos de sete segundos. Para suportar tal performance, a fábrica mexeu na suspensão, alargou as bitolas em 36 milímetros e instalou discos de freio maiores. Por dentro, a intenção foi reforçar a esportividade. O painel recebeu cobertura em couro camurçado (tipo Alcântara) e detalhes que misturam as cores vermelho e preto. 

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Peugeot diz que versão GTi do 208 é capaz de arrancar de zero aos 100 km/h em menos de sete segundos
Enquanto isso, a Peugeot do Brasil confirmou essa semana detalhes da chegada do 208 no país. O hatch compacto fará sua première no Salão do Automóvel de São Paulo, no fim de outubro, e começa a ser produzido no comecinho de 2013 na fábrica da PSA Peugeot Citroën em Porto Real, no Sul Fluminense. Em seguida, ainda no começo do ano, chegam as primeiras unidades do modelo nas lojas brasileira

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Couro camurçado (tipo Alcântara) e molduras que misturam vermelho e preto dão ar esportivo ao painel
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Relógios do conta-giros (esquerda) e velocímetro (direita) são contornados por filetes vermelhos no conceito

16 de fevereiro de 2012

Volks lança novo Amarok em março


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As mudanças chegam junto com estrieas das novas gerações dos Chevrolet S10, Ford Ranger Toyota Hilux
O site da Argentina Autoblog publicaram nesta quarta-feira (14) que a Volkswagen apresentará em março a evolução da Amarok. Em um vídeo publicitário lançado na semana passada no país, a marca alemã revelou um pouco sobre a evolução da pick-up, fazendo referência a motor, tecnologia e segurança. 

Segundo o Autoblog, algumas concessionárias argentinas já começaram a oferecer descontos para as versões com motor 2.0 TDI (diesel turbo) de 122 cv e com motor 2.0 TDI biturbo de 163 cv. Os dois blocos serão substituídos pelos novos 2.0 TDI de 140 cv e TDI biturbo de 180 cv. Este último possui um torque de 43 kgfm que lhe permite alcançar velocidade máxima de 179 km/h e atingir de 0 a 100 km/h em 10,9 segundos. 



A "evolução" da Amarok terá ainda o câmbio manual de seis velocidades (já usado pela picape), e as versões “top” terão a oferta do sofisticado câmbio automático sequencial de três embreagens e oito velocidades fornecido pela alemã ZF

Também para março se espera a chegada da Amarok com cabine simples, que estará disponível nas versões 4x2 ou 4x4 e, inicialmente, apenas com o motor 2.0 TDI de 140 cv acoplado ao câmbio manual. Essas mudanças chegam na sombra das estreias das novas gerações de Chevrolet S10 , Ford Ranger e mesmo da Toyota Hilux, que acaba de estrear uma inédita versão flex.

Peugeot do Brasil confirma 508, 308 CC, 308 THP e 208


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Sedã 508 usa a mesma plataforma do Citroën C5 e vem para ser o sedã de luxo da Peugeot no Brasil
Peugeot do Brasil confirmou na noite desta terça-feira (14), na apresentação do hatch médio 308 em Ouro Preto, sua agenda de lançamentos em 2012. Após perder significativa participação no mercado brasileiro nos últimos dois anos, especialmente para as sul-coreanas Hyundai e Kia Motors, a montadora francesa vai lançar pelo menos mais três modelos inéditos ao longo do ano, sem contar a apresentação de sua futura estrela nacional, o hatch compacto 208, que fará sua première no Salão do Automóvel de São Paulo, em outubro. 

Entre abril e junho, desembarcam da França o requintado sedã médio-grande 508, lançado no Salão de Paris de 2010, e a versão cupê-conversível do 308 – indicada pelo sufixo CC. Ambos os modelos terão de pagar o novo IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para importados fora do eixo Mercosul-México. No segundo semestre, o Salão Internacional do Automóvel de São Paulo será o palco para a estreia do 308 THP, versão turbinada do hatch médio, e da apresentação do compacto 208, que será produzido em Porto Real (RJ). 

308 THP, equipado com o moderno conjunto mecânico já usado pelo crossover 3008 e recém-lançado no sedã 408 THP, passará a ser o top de linha do hatch. O motor 1.6 turbo a gasolina trabalha acoplado a um câmbio automático de seis marchas e produz 165 cv. Por enquanto, não há previsão de preços para a versão turbo e para os franceses 308 CC e 508. Já em relação ao 208, a Peugeot confirmou o início da produção nas primeiras semanas de 2013, com estreia nas revendas logo em seguida. E não pensem que o 208 vai substituir o 207: o hatch veterano seguirá em linha por mais alguns anos, para brigar entre os populares. 

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Versão cupê-conversível do 308, o 308 CC vem para aumentar a oferta do médio e ampliar o status de luxo
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Versão turbo THP do hatch 308 estreia em outubro no Salão de São Paulo; motor 1.6 turbinado produz 165 cv
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Compacto global 208 começa a ser produzido em Porto Real (RJ) no início de 2013; estreia será na sequência

Bentley Continental GT e GTC chegam no segundo semestre


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Bentley Continental GT coupé é um dos modelos que a montadora apresentará em São Paulo
Os modelos Continental GT coupé e GTC conversível serão apresentados pela Bentley no Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, que acontece entre 24 de outubro e 4 de novembro. Ambos os modelos foram exibidos no último Salão de Detroit e representam a nova geração da linha GT, que foi lançada em 2003 e já vendeu mais de 50 mil unidades em todo o mundo.

Os esportivos são equipados com motor V8 4.0 litros biturbo que gera 506 cv de potência e seu torque, que está disponível entre 1.700 a 5.000 rpm, atinge um pico de 67,3 kgfm. Os modelos GT e GTC aceleram de 0 a 100 km/h em menos de 5 segundos e a velocidade máxima chega a 290 km/h. Ambos os modelos também estarão disponíveis com motor twin-turbocharged W12 Continental 6.0 litros de 12 cilindros, que entrega 639 cv de potência.
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Detalhe da traseira com as saídas de escapamentos duplas em formato de "8"
O bloco, aliado ao novo câmbio de transmissão automática de 8 velocidades, roda mais de 800 km com um tanque de combustível, além de ser 40% mais eficiente e menos poluente em relação ao modelo anterior. Apesar de ter um motor V8, quando o veículo é conduzido em baixa velocidade, seu sistema de gestão logo alterna para o modo V4.

Se a parte mecânica do modelo chama atenção pelo desempenho, a aparência não deixa a desejar. O tradicional emblema da montadora britânica fica logo acima da grande grade dianteira pintada em preto brilhante com moldura e barra central cromadas. Logo abaixo, o para-choques vem na cor da carroceria, porém com três segmentos de grades pretas na área central.

Na parte de trás a atenção fica para a as saídas de escape em forma de “8”, saia escura e, novamente, o emblema da montadora em destaque. O GT e o GTC vem com rodas de liga leve de 20 polegadas, que podem ser substituídas por rodas de seis aros de 21 polegadas nas cores Black Diamond (apenas no modelo Continental V8) ou Diamond Silver. No interior, o revestimento é feito em tecido Eliade com detalhes em madeira Dark Fiddleback Eucalyptus e há ainda a opção de complementar o acabamento com couro em dois tons.
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Destaque para as grades de ar frontais logo abaixo do emblema da Bentley
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Modelo conversível também virá para o Brasil ainda no segundo semestre desse ano

Ford B-Max estreia neste mês em Barcelona



Bedford County District Attorney Office
Serão oferecidas duas versões para o motor do B-Max: EcoBoost 1.0 e 1.6 TDCi a diesel
No Salão de Genebra (Suíça), dia 6 de março, o presidente da Ford, Alan Mulally, apresentará o novo B-Max para o público automobilístico mundial. Mas antes disso, no dia 27 de fevereiro, a feira de tecnologia Mobile World Congress, em Barcelona (Espanha), será o primeiro palco para exposição do novo compacto familiar da marca americana. 

A escolha para o local de estreia tem um motivo: segundo o presidente de desenvolvimento do produto da Ford na Europa, Barb Samardzich, a tecnologia e a engenharia oferecidas pelo B-Max redefinirão o segmento de compactos multiusos no mercado mundial. Ele conta com os sistemas Auto Start Stop (que desliga o motor quando o carro está em ponto morto), Eco Mode – que ajuda o motorista a dirigir do modo mais econômico – e também com um sistema de carregamento regenerativo inteligente mais econômico para a bateria durante viagens. Seu câmbio automático de seis velocidades e dupla embreagem faz com que as mudanças de marchas sejam mais rápidas e eficientes. 

Bedford County District Attorney Office
Serão oferecidas duas versões de motor: o EcoBoost 1.0 de três cilindros com potência de 120 cv; e o 1.6 TDCi a diesel de 95 cavalos. Este último tem um rendimento de 25 km/l que emite 104 g/km de CO2; já o motor a gasolina é um pouco menos econômico, rendendo 20 km/l e liberando 114 g/km de CO2. 

Prometendo uma economia de combustível de até 320 euros por ano (R$ 723), o B-Max foi montado na mesma plataforma global do New Fiesta e do futuro EcoSport. Com cerca de quatro metros de comprimento, o compacto tem capacidade para transportar cargas de até 2,35 m. As portas traseiras corrediças e as dianteiras com pilar B abrem um vão de 1,5 m que facilita o acesso dos ocupantes. 

Porsche troca nome de seu novo utilitário

   Divulgação
Nome do novo crossover médio muda pra Macan, o que significa "tigre" na língua Indonésia
Porsche anunciou nesta quinta-feira (16) o novo nome de seu próximo utilitário esportivo: Macan, que significa “tigre” na língua indonésia. Substituindo o nome antes anunciado  - Cajun -, Macan faz referência às características do quinto modelo da marca: potente, dinâmico e fascinante. Além, é claro, combinando com o estilo off road

Segundo o vice presidente da Porsche, Bernhard Maier, o nome soa bem em diversas línguas e dialetos e traz associações posivitas para o crossover. Macan faz parte do plano “Estratégica 2018” da montadora alemã, cujo objetivo é expandir seu portfólio de veículos. A intenção, é que o novo utilitário faça tanto sucesso como o Cayanne. 

A produção do modelo começa em 2013, em Leipzig (Alemanha), onde a Porsche investiu 500 milhões de euros para expansão da fábrica. Confira, abaixo, o vídeo do teaser divulgado. Você gostou da mudança do nome?

15 de fevereiro de 2012

Novo Peugeot 308 chega por R$ 53.990


PSA Peugeot Citroën BMW
Como uma carta de coringa, o 308 hatch entra no lugar do 307
(Autoesporte)
No jogo de cartas, o curinga costuma mudar o rumo de uma partida. É a única carta do baralho capaz de trocar de valor aleatoriamente, para alterar uma combinação de outras cartas. Salvo as devidas proporções, o 
308hatch, que a Peugeot lança essa quarta-feira (15) no Brasil, desembarca da Argentina quase como um curinga. Além de suceder o cansado 307, o modelo médio promove a estreia do motor 1.6 16V flex, chamado pelo código EC5 e o primeiro bloco a usar o “Flex Start”, sistema (fornecido pela Bosch) que elimina a necessidade do tanquinho de gasolina. 

Outro aspecto inovador do 308 são as luzes diurnas de leds. Dentro do segmento de hatchs médios, o novo Peugeot será o primeiro a oferecer o item – filetes em “L” deitado contornam a seção dos faróis de neblina verticais. Só que os leds serão oferecidos apenas na versão top de linha Feline, como equipamento de luxo. Para completar, o modelo chega atualizado em relação ao similar francês, vendido na Europa desde o fim de 2007 (e reestilizado em 2011). Quer dizer, o 308 já tem alguns anos de estrada, mas chega ao Brasil cheio de renovações. 

E é com base nessas modernidades que a Peugeot vê no novo hatch médio potencial para começar a virar o jogo – tal como um curinga do baralho. Nos últimos dois anos, especialmente, a montadora francesa perdeu terreno no mercado brasileiro. Em 2011 foi apenas a 10ª colocada no ranking de vendas e quase ultrapassada pela sul-coreana Kia Motors. Nesse jogo, mais que vender, o 308 chega para se tornar referência em sofisticação e estilo. Mesmo assim, a Peugeot espera quase dobrar as 6.647 vendas do 307 no ano passado, somando 12 mil unidades até dezembro. 

Para tanto, o 308 chega em cinco versões a preços competitivos e com listas de série muito bem pensadas. O Active 1.6 manual, modelo mais em conta, parte de R$ 53.990 e traz de fábrica um pacote sedutor de equipamentos: ar-condicionado, direção eletro-hidráulica, “trio” elétrico, rodas de liga leve aro 16, rádio/CD com o conhecido comando satélite no volante, computador de bordo, airbags frontais e freios com ABS, EBD e assistente de emergência BAS. O bloco 1.6 litro segue sob o capô na versão intermediária Allure, que passa a R$ 56.990 e traz uma lista ainda mais atraente. 

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Nível de acabamento é ponto forte 

A partir de R$ 59.990, a configuração Allure passa a usar o conhecido bloco 2.0 flex, que equipa o sedã 408 e os médios da parceira Citroën. O motor produz 143/151 cv de potência e torques de 20/22 kgfm aos 4.000 giros e pode vir acoplado ao câmbio manual de cinco marchas ou ao (veterano) automático sequencial de quatro velocidades – com esta caixa, a versão Allure sobe a R$ 63.990. No topo da gama fica a tradicional configuração Feline, vendida apenas com a transmissão automática a partir de R$ 70.990. Nela, a lista de série ganha corpo e muita sofisticação. 

Há itens como controle eletrônico de estabilidade e seis airbags (frontais, laterais dianteiros e de cortina) na segurança. O sistema de som ganha conectividade, com Bluetooth e entradas auxiliar e USB. E o nível de conforto é sensivelmente maior, com forração em couro e sensores de chuva, de luminosidade e de obstáculos traseiro. Curiosamente, o nível de acabamento não muda muito da versão Active para a Feline. Tirando o couro dos bancos, o painel usa materiais muito agradáveis aos olhos e ao toque. A sensação de qualidade é indiscutivelmente um ponto alto no hatch. 

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Primeiras Impressões: 308 Allure 1.6 Manual 

A Peugeot escolheu a histórica cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais, para apresentar o novo 308 no Brasil. A ideia da montadora foi resgatar seu próprio passado, que mantém ligação estreita com a história do automóvel no país – no fim do século XIX, o revolucionário Santos Dumont trouxe o primeiro veículo ao Brasil, um Peugeot. Passado mais de um século desde então, o 308 também quer mudar o cenário. As 12 mil unidades desejadas pela Peugeot parecem tímidas perto dos quase 36 mil emplacamentos do Hyundai i30, líder entre os hatchs médios em 2011. 

Mas é possível esperar bons momentos do 308 nos próximos meses, sobretudo nas versões Active e Allure equipadas com o novo motor 1.6 16V EC5. Esse novo bloco compacto, originado do 1.6 16V flex do 307, foi praticamente inteiro modificado. Do antigo propulsor, apenas o diâmetro e o curso dos cilindros foi mantido. E além do sistema Flex Start (que pré-aquece o etanol antes de injetá-lo nos cilindros no momento da partida), o motor também possui comando variável das válvulas de admissão, recurso que busca melhorar o desempenho em baixos giros. 

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É a estreia do motor 1.6 16V flex. O 308 também usa “Flex Start”, elinando o uso do tanquinho de gasolina
Com essa reunião das tecnologias e ajustes, eis o motor 1.6 litro nacional mais potente. Pelos dados da fábrica, são 115/122 cv (gasolina/etanol) e 15,5/16,4 kgfm de torque, força capaz de empurrar o 308 com eficiência. Nesse primeiro contato, o bloco compacto pareceu suficiente para o dia-a-dia na cidade. Em baixas rotações o desempenho não chega a surpreender, mas a partir dos 3.500 giros o motor despeja quase todo o torque, produzindo acelerações e retomadas interessantes. Um aspecto a destacar são os baixos níveis de ruído e vibração dentro da cabine. 

As respostas imediatas da direção eletro-hidráulica também merecem elogios. Como de costume, a Peugeot deixou a direção mais “pesada”, para transmitir esportividade. Como resultado, nas curvas e retas o hatch médio transmite segurança e parece estar sempre firme sobre o asfalto. Outro aspecto que agradou bastante ao volante é a posição mais baixa do painel, que amplia o campo de visão. Há ajustes de altura e profundidade da coluna de direção e do assento do motorista desde a versão Active 1.6, itens que reforçam essa boa ergonomia, essencial para a vida urbana. 

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Primeiras Impressões: 308 Feline 2.0 Automático
Para o lançamento, a Peugeot ofereceu todas as versões do 308 para o Brasil. Primeiro, escolhemos a Allure 1.6 para testar o novo motor. Depois, saltamos para a topo de linha Feline, na tentativa de entender qual o máximo que o modelo pode oferecer. Surpreendentemente, em relação ao acabamento pouco mudou: a versão mais cara do 308 tem couro, uma moldura mais sofisticada na base do console e o quadro de instrumentos de fundo branco – exclusivo das configurações automáticas. Ah, quase me esqueci, há o suntuoso teto solar panorâmico “Cielo”. 

A Peugeot disse que vai surpreender o mercado com o teto solar a R$ 2.500 – é um dos poucos opcionais, ao lado da pintura metálica e do sistema de navegação por GPS (Wip Nav). A bordo do novo hatch, é preciso dizer: o item muda por completo a vida a bordo. A área envidraçada vai até a cabeça dos ocupantes do banco traseiro e oferece uma visão incrivelmente ampla. Por fora, os leds dianteiros dão outro aspecto ao modelo, que fica com visual bem mais moderno. O sistema de navegação por GPS dá o toque final, com uma moderna tela retrátil (escamoteável) no topo do console. 

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Teto solar por R$ 2.500 é um dos poucos opcionais, ao lado do sistema de navegação por GPS (Wip Nav)
Somado a esses itens está o motor 2.0 flex, que oferece um rendimento mais condizente com o apelo esportivo trabalhado na suspensão e na direção. O volante, com pega mais anatômica que nas versões Active e Allure, enfim encontra o desempenho para transmitir esse “feeling” de arrojo. Mas, afinal, o que há de ruim? O câmbio automático sequencial de quatro velocidades. A Peugeot conta que trocou o conversor de torque, substituiu componentes hidráulicos e mexeu na central eletrônica, mudanças que reduziram o tempo das trocas de marcha. 

Mas a verdade é que esse câmbio de quatro velocidades está ultrapassado e compromete não apenas o desempenho nas acelerações e retomadas, mas também o consumo de combustível. Durante o teste drive, o computador de bordo marcou média inferior a 5 km/l. Como atravessamos um trecho de serra, a marca sem dúvida pode ser melhor. De qualquer maneira, a transmissão é limitada e sente-se falta de um maior número de relações. Mas tirando o item, a verdade é que o 308 não apenas deixa o 307 no passado, como muda o paradigma no segmento de hatchs médios. 

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